quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

2008/2009 Soulmates together!

Foi caseira mas muito boa a Passagem de 2008 para 2009. Momentos para mais tarde recordar e dar umas boas risadas.
Se o viver pertence aos loucos então nós ficamos com boa parte do viver!
Bom Ano!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ponto sem retorno ( ou talvez a minha entrada )




"Quando acordares, olha por mim E em silêncio, beija-me assim Conta-me como é acreditar Mostra-me o mundo p'ra além do olhar Vozes no mar, que se escondem E com vergonha de te ver, talvez Passo a vida sem acreditar Na corda bamba a vacilar

Ergue-te ao sol Vive cada dia como um só Solta a tua voz Vem comigo acreditar E ao acodar, vejo-te a olhar P'ro fim do céu, lá junto ao mar Contigo ri-me e encontrei Palavras certas p'ra ser alguém E assim vivi, acreditei Nadei no sol, e no mar voei Bastou ter fé e acreditar E passo a passo, viver, amar !

Ergue-te ao sol Vive cada dia como um só Solta a tua voz Vem comigo acreditar ! "



as memórias
a saudade
as fogueiras.
as cançoes
as noitadas
os banhos
o uniforme


é disto tudo e muito mais que eu sinto falta!

O Escutismo? Uma boa e grande parte da minha vida


domingo, 4 de janeiro de 2009

a flutuar



E se existissem dois sóis?

Será que o problema do "contra-luz" estaria resolvido? Será que os robots que vagueiam por todo o lado olhavam para o céu mais vezes? Será que os nossos olhos iam ficar com a íris suprimida? Tal a força da luz dos dias. Será que nesses lugares onde mora a escuridão iria um dos dois sóis brilhar? Desejaríamos nós ofegantemente pela noite? Pelo compasso terno do negro, da lua pálida, da penumbra? Seria o fim dos tempos ou o início de um novo tempo?

A claridade revela, revela-nos...ergue aos outros, que têm consciência de nós, a derradeira sombra... Ficamos nus. A alegria, a devassa, as olheiras negras de noites espectantes, a calma, o egoísmo, a loucura, o ódio, a avareza, a tranquilidade, pudesse eu escrever tudo o que vejo e sinto só com um sol.

Páro a vertigem, regresso à noite. É ela que me conforta. Respiro o doce orvalhar que caí na noite, vejo gente e mais gente - os loucos da noite.

Admiro-os e tento adivinhar cada vida, cada traço de estória....serão eles lembrados um dia, ou simplesmente esquecidos?

Que faço aqui agora?...ah, sonho com dois sóis....Regresso onde fiquei...

na noite?

Delfina Rocha

sábado, 3 de janeiro de 2009

Ghost in the Shell II

A cidade ainda brilha nos gases de lógica ascendente. Quase enjoa e causa náuseas, tento a abstração. Fico, páro....entro. Penetro em passos lentos no turbilhão. Deixo que as ondas me guiem...fecho os olhos, não consigo enfrentar...sinto a batida sôfrega do miocárdio que tenho no lugar do coração, quase dói...quase sinto o colapso, sinto? Ri pela antítese. Espreito...o selvagem acto de te olhar. Segues-me nesse tom autómato e ao mesmo tempo irresistivelmente quente e acolhedor. Cerro os olhos, dói, dói tanto...A dor ganha vida em mim, vive aqui, acomoda-se e tu chegas outra e outra vez com esse antídoto simples. Matas-me um pouco mais para que eu possa viver. Ali nos teus braços são os meus teus também, são teus. É minha e tua a minha vontade, o meu olhar roubaste-o ainda antes. Leva-me, tira-me, tira tudo fora do sitio, arruma depois tudo como quiseres, como tiveres na mente e no sangue a vontade de o fazer. Encolho-me para chorar, ainda sei o que isso é? A lágrima cai negra na nivea pele que carrego. Espreito so mais uma vez, abro uma fresta do meu olhar à urbe e sim...ainda permaneces lá. Cerro com força o olhar e num suspiro grito em mim: ainda bem.

Delfina Rocha

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Só tenho 3 minutos...

Já não olho o espelho o espectro é vão.....sombras de mim, sei lá. vem de dentro, vem cá dentro. Se eu pudesse escolher, tantas são as coisas e as manias que mudaria. Mas não é esse (mudar) o mote que me traz cá hoje?
Grito, sufoco...queria tanto, tanto de ti e de outros tis em ti, como eu queria!
Passam três minutos, pode passar também a vida toda, toda, que eu hei-de sentir a lâmina que corta e rasga o meu peito...respiro sobre o sangue que escorre e escorre e molha o meu corpo, a minha alma. É ele que há-de dar de beber à sede de muitos. Grito, grito...já não é o deixa-me, desta vez eu vou! São três minutos.

Delfina Rocha.